terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ninguém me Conhece: 56) Os insights de Juca Novaes

Quando comecei a participar de festivais não tinha noção nenhuma de como a coisa funcionava. Queria ir pela festa, pela possibilidade de conhecer gente nova, fazer novos parceiros, curtir as noitadas... E, justamente, logo no primeiro do qual participei, no longínquo 1999 (com o xote Bye Bye, Japão, em parceria com Kana, defendido por ela e Élio Camalle), fui contemplado com o primeiro lugar. A cidade: Avaré-SP. O festival: Fampop. Sabia vagamente que um tal de Juca Novaes, que era amigo de minha parceira Daisy Cordeiro, era um dos organizadores do festival.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Joaquín Sabina en Portugués: 9) Gabriel de Almeida Prado e a versão de "Corre, dijo la tortuga"

Este texto caberia tanto no Ninguém me Conhece quanto no Os Manos e as Minas, até mesmo no Trinca de Copas, mas calhou que o moço em questão topou participar deste meu projetinho e tascou sua (bela) interpretação de Corre, Dijo la Tortuga, assim que cá está ele no Joaquín Sabina en Portugués. Grande aquisição!

Trata-se do jovem... Sim, caros, os jovens também têm seu espaço neste espaço! Aliás, por falar nisso, tenho que admitir que Gabriel de Almeida Prado faz uma música de gente grande! E tenho que agradecer a Élio Camalle por ter me apresentado o moço.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Trinca de Copas: 4) Élio Camalle, Guilherme Rondon e Tavito (c/Marcio Lott)

Nesta edição do Trinca de Copas escolhi três canções de que gosto muito e que até hoje não conseguiram escapar ao ineditismo. Antes de mais nada, é importante acrescentar que este não é um texto de cobrança. Teria que ser mais burro do que sou pra tentar chamar a atenção dessa forma. Pelo contrário, foi um modo que achei de homenagear estas canções (e, com elas, meus parceiros), tirar-lhes o pó e lustrá-las um pouco. Afinal, se possuo este espaço, tenho que aproveitá-lo, não? E, de repente, a divulgação delas por aqui pode gerar interesse em alguém que esteja à procura de repertório. Só pra encerrar este prefácio, reitero que O Mar em Mim e Samba do Amor Eterno estão entre as favoritas de meu repertório. Já Sagradas Horas me é muito especial porque é uma parceria com um camarada que admiro tanto a ponto de escrevê-la me pondo em seu lugar, como se fosse ele quem a estivesse escrevendo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os Manos e as Minas: 4) Kana e os Palcos

Escrevo este texto pra ajudar na divulgação do show que deverá ser o último de Kana este ano em território brasileiro. Portanto, o principal é dizer que ocorrerá na quinta-feira, dia 17, a partir das 20h30, no Novo Lua Nova, que está localizado na rua Treze de Maio, 540, esquina com a rua Conselheiro Furtado, no coração do paulistano bairro do Bixiga. Reservas pelo telefone (11) 3263-1015. Kana se apresentará acompanhada por Leonardo Costa ao violão e Evaldo Corrêa na percuteria (percussão + bateria), mas em dois momentos especiais do show haverá a participação de Keiko Kodama (excelente violinista que tem se apresentado com Kana em várias oportunidades nesta segunda metade do ano que praticamente se encerra) e a de Ítalo Queiroz (belo sanfoneiro, cantor e compositor cearense), respectivamente. Também está prevista a participação do compositor nipo-brasileiro Arthur Vital. No repertório, canções de seus três discos, algumas releituras de sucessos populares e algumas canções que farão parte de seu quarto disco, como O Amor Viajou, parceria de Kana com Zeca Baleiro. Pra quem não conhece, O Novo Lua Nova é um charmoso e tradicional bar bixiguense que, além de ser um verdadeiro reduto de artistas nordestinos em São Paulo, possui uma programação de shows da maior relevância na cidade (e uns comes e bebes recomendáveis a preço decente). Ah, a entrada custará 15 pilas. Acrescento que, como se espera o costumeiro público japonês, que costuma ser pontual, o show não deverá começar após as 21h, então, quem quiser prestigiá-lo em sua íntegra é bom chegar cedo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ninguém me Conhece: 55) Vinicius Todeschini, filho pródigo?

Foi na casa da família Cerpa, uma gente da melhor cepa e altamente envolvida com música, certa noite, numa das tantas festas que eles davam (dão) por lá, sempre regada a muita cerveja, muita música e grande variedade de comes, que conheci um dos camaradas mais inteligentes com quem já tive o prazer de travar um bom papo. Um galego (como dizemos os nordestinos) dos pampas, mais especificamente, como poderei dizer?, um porto-alegrense de Caxias do Sul (ou seria o contrário?), de nome pomposo: Vinicius Todeschini.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Crônicas Desclassificadas: 26) A Fábula de Utopia, com seu Rei Louco e um Bobo Esperto

E foi então que o rei de um país longínquo chamado Utopia, sentindo-se cansado, derrotado e com o coração cheio de amargura por não encontrar uma solução pra crise que assolava seu reino, que já havia décadas sofria com miséria, fome, desemprego, analfabetismo, criminalidade e mais uma série de problemas aparentemente insolúveis, dispensou os sábios que o auxiliavam e ordenou que chamassem a sua presença o bobo da corte. Quem sabe este teria algo a dizer que valesse a pena ser ouvido, visto que as ideias dos sábios, quando postas em prática, revelavam-se ineficientes. Após mais de duas horas de reunião a portas fechadas, o bobo saiu, de cabeça erguida e com um maquiavélico sorriso nos lábios.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Trinca de Ouro: 4) Adolar Marin, Élio Camalle e Pedro Moreno

1) LOS ABRAZOS ROTOS

Finalmente conheci Pedro Moreno! O mundo tem salvação! Nem tudo está perdido! Sim, sim, Pedro vale uma vida! Ouso dizer que, se ele estivesse em Sodoma, Deus não teria mandado destruir a cidade. É de encher o coração saber que existem pessoas (principalmente no ramo da música, tão competitivo e cheio de egos) tão do bem, completamente desprovidas de mau-caratismo. Em geral, tenho bom olho pra detectar gente boa, mas dessa vez tive 110 % de acerto.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Crônicas Desclassificadas: 25) O dom de Dona Branca

Quase ninguém onde ela trabalha (tampouco onde ela mora) sabe que seu nome é Antônia. Todos a conhecem por dona Branca, ou Branca, pros íntimos. Dona Branca é uma senhora gordinha, baixinha, de face corada, olhos claros e cabelos loiros, que parece mais ter nascido na Alemanha que no Ceará, seu Estado. Simpática, emotiva, dona de um grande coração, trabalhadora (ou "trabalhadeira", como gosta de dizer de si mesma), dorme de quatro a cinco horas por noite, é querida por todos que a conhecem, faz o bem sem olhar a quem... Contudo, não pense você que se trata de uma dessas beatas submissas que abaixam a cabeça pra tudo. Não, senhor! Experimente pisar no calo dela e entenderá mais ou menos o tamanho da fúria de Jesus contra os mercadores do templo!