sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Crônicas Desclassificadas: 63) O Mr. Hyde nosso de cada dia

Viver é o ato de conviver. ... não, não queria começar este texto com uma afirmação tão peremptória. Até porque viver significa uma coisa diferente pra cada um. Reformulemos: em minha opinião (agora ficou melhor), acredito que viver seja o aprendizado do viver em comunidade, ou seja, do conviver, o viver em comum. E todos sabemos que não é um verbo fácil de ser conjugado (assim como o verbo "conjugar"). Há que se ter habilidade pra manter o equilíbrio sobre essa corda bamba que tem de um lado a diplomacia e do outro a hipocrisia, ambas divididas por um fio quase imperceptível.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Notícias de Sampa: 5) Sarau do Fim do Mundo

Queridos todos:

Aproveito este espaço (se não o fizesse, seria burro, não é mesmo?) pra divulgar, ainda que em cima da hora, este show/sarau que ocorrerá nesta fatídica quinta-feira, mais conhecida como dia 20 de dezembro, e também conhecida pelos fatalistas como a "véspera do fim do mundo". Como marketing ruim é marketing não feito, o intrépido Edu Franco, após ser convidado a encabeçar este acontecimento, não só disse (ante o altar) sim, como resolveu ainda convidar nosso mano Élio Camalle pra dividir com ele os votos, digo, o palco.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ninguém me Conhece: 70) Renato Godá, sem pressa de entender

A primeira vez que ouvi falar a respeito de Renato Godá foi lendo uma crítica na Ilustrada, caderno de cultura da Folha de São Paulo, em que Ronaldo Evangelista, tal qual Pilatos, meio que na dúvida entre absolver e lavar as mãos, batia e assoprava. O cara na foto chamava a atenção, mas a dureza dos tons de cinza, digo, Evangelista, deixava subentendido que o melhor era se afastar. Estavam lá "clichê", "charme algo forçado", "chavequeiro de mão pesada" etc. Virei a página, mudei de assunto (lavei as mãos) e esqueci o moço.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

OS Manos e as Minas: 11) Carlos Gardel, un rayo misterioso

O tema de meu TCC (tese de conclusão de curso) na faculdade, De Noel a Gardel – um Samba e um Tango, foi fruto de um equívoco, aliás, dois. O primeiro foi que, segundo me constava, Noel Rosa e Carlos Gardel, sagitarianos como eu, faziam aniversário no mesmo dia, 11 de dezembro. Algum tempo depois, já com minha tese avançada, e lendo a biografia de Gardel pra me auxiliar, descobri que o nascimento do muchacho é até hoje envolto em mistério e suposições. O segundo equívoco foi que, como eu trataria em minha tese de uma letra de cada um (um samba e um tango), exploraria as qualidades de letrista de ambos. Só que... Gardel não era letrista!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Crônicas Desclassificadas: 62) Guardiola e o ufanismo no país do futebol

Resolvi deixar de ser besta e tratar aqui de um assunto que REALMENTE interessa ao país! Nada de música ou de poesia... Cinema? Necas! Política, então, nem se fala; agora que passou a eleição, o mensalão perdeu a graça e deixamos em paz o BatBarbosa e sua Liga da Justiça. Além disso, acabou também a Avenida Brasil, e aconteceu o que ninguém imaginava: o Tufão ficou com a Nina! Assim que sou obrigado a tratar do assunto que, passados os modismos, continua movendo a nação: o futebol, obviamente.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Crônicas Desclassificadas: 61) Rebentação

Hoje revisava um livro didático que versava acerca da história recente da poesia brasileira (mais precisamente da Semana de Arte Moderna até os dias correntes), suas influências, seus expoentes, afluências e afluentes, quando me peguei jogado sem paraquedas num céu de brigadeiro, digo, de poetas, esbarrando em Bandeiras, Quintanas, Drummonds, Joões Cabrais e tudo o mais... e olha que voltei pra casa ainda (di)vagando ao sabor dos ventos de suas primeiras páginas...

domingo, 2 de dezembro de 2012

Os Manos e as Minas: 10) O meu amigo... Roberto Carlos!

Eu, em meu aniversário de cinco
anos (sem óculos, pra sair bem na 
foto), com alguns presentes: um 
terninho feito por minha mãe, 
uma Caloi e um disco de RC 
(a boneca era de minha tia, 
deixemos claro!).
Corriam os primeiros anos da década de 1970 quando chegamos a São Paulo, não em pau de arara, mas de ônibus (após quase três dias de desconforto). Meus pais, uma tia adolescente (irmã de minha mãe) e eu, então um pingo de gente. Um tio viera na frente e fomos morar com ele. Adeus, Ceará! Íamos viver na cidade grande, Sumpaulo, mo fi! Pouco tempo depois a família descobriria os prazeres dos "aparelhos ligados na tomada", novidade pra nós: a dupla fogão e geladeira, que nos passaria a ser indispensável (até hoje), o ferro elétrico, e a supérflua, mas encantadora, radiola, que seria durante muitos anos (até que nos sobrasse pra TV em preto e branco) nossa menina dos olhos.