Aproveito meu momento de preguiça mental e resgato um texto que estava comigo
havia muito e que eu não achava onde enfiar. Explico: convidei o amigo
Carlos Machado, poeta, jornalista e editor do ótimo (recomendo!) Alguma
Poesia (visite aqui), a escrever sobre algum disco pra coluna Grafite na Agulha. Ele topou, mas acabou me enviando um excelente estudo, mas
sobre uma única canção(!). Nesse caso, não caberia na coluna, e, apesar
de ótimo, ficou o texto guardado, esperando melhor ocasião. Hoje, por
acaso, lembrei-me dele e pensei em trazê-lo pro Crônicas Classificadas. E
por que não? Assim, senhoras e senhores, convido-os a se deliciarem com
a bela prosa "machadiana" (esses Machados são afiados!) que trata de
uma canção antiga, mas com um tema atual. Fosse composta hoje, talvez se
chamasse O Computador. Deleitem-se:
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sexta-feira, 22 de setembro de 2017
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Crônicas Desclassificadas: 189) Preguiça de escrever
Tenho estado com uma baita preguiça de escrever... Só de olhar a página em branco, já me entram ganas de fazer mil outras coisas que não perder meu precioso (não em termos de $) tempo vomitando palavras... Em primeiro lugar, pela falta dele, o tempo. Ando numa fase de prestação de serviço em período integral, o que me afastou da boa vagabundagem criadora de frases e versos. Em segundo lugar, porque tô me sentindo que nem o governador de Sampa, o Geraldão, que quando disputou a presidência conseguiu a façanha de ter menos votos no segundo turno que no primeiro. Assim anda meu bloguinho. Depois de uma maré boa, entrou seu sétimo ano como eu, em crise. Só que ele, de leitores. Mas não venho por esta chorar as pitangas (nem as camilas). Afinal, leitores são artigo cada vez mais raro no mercado.
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
A Palavra É: 29) Luz
No princípio, era o breu (antes ele do que eu), mas depois um deus poeta explodiu luz no universo, iluminando versos por linhas tortas (quem sabe até em horas mortas), fosse a Via Láctea não uma espiral no céu, mas sim um varal de galáxias de papel num caderno eterno onde cabe toda a poesia que passou a nascer de noite e de dia (da noite pro dia), a poesia do sol e da lua, a do farol quando o escuro se acentua, a das estrelas e a que brota dos olhos só de vê-las. E eis que a luz descobriu sua função: a de apagar a escuridão... e ainda hoje conduz, sem capuz, capaz de quase cegar, de tanto iluminar céu, terra e mar. A luz, aliás, fez mais, iniciou a onda (visto que a Terra é redonda) de contrastes (vós nisso já pensastes?). Sem querer, ela foi responsável pelo inenarrável "nós e eles" (pero no hay virgen en los burdeles).
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